A oliveira e o azeite de seu fruto, têm sido parte da cultura mediterrânea desde as suas origens. Além de ser utilizado na alimentação, servia como remédio e produto de beleza, entre outros. Há cinco mil anos, as mulheres egípcias descobriram os efeitos benéficos do azeite para a sua pele e passaram a utilizá-lo como emoliente. A partir de então, criaram o primeiro sabonete, misturando azeite, essências e cinzas. Os gregos utilizavam-no para massagens, confiando no seu poder para aumentar a beleza e a virilidade.
Foi comprovado que o azeite é uma forma natural de manter a beleza da pele, das unhas e dos cabelos.
Ele possui vitaminas A, D, K e E, e é um poderoso antioxidante, o que ajuda a retardar o envelhecimento da pele. A oliveira é uma árvore capaz de se regenerar e Auto proteger.
As gorduras representam 33% do total da energia ingerida diariamente. Para uma alimentação saudável, seria essencial substituir o consumo de gorduras saturadas por monoinsaturadas, como é o caso do azeite, chave para uma saúde melhor.
* Ajuda a prevenir a arteriosclerose e seus riscos
* Melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas
* Digere-se com maior facilidade do que qualquer outra gordura comestível
* Não tem colesterol e proporciona a mesma caloria dos outros óleos
* Acelera as funções metabólicas
* Produz efeito protetor e tónico da epiderme
* Estimula o crescimento e favorece a absorção de cálcio e a mineralização
O uso de azeite reduz o colesterol e ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares. Isso devido ao seu alto teor de ácidos monoinsaturados. Além disso, numerosos pesquisadores, médicos e nutricionistas afirmam que o azeite é uma fonte rica em vitamina E, que protege contra o cancro e as doenças do coração.
Em Portugal os vestígios da presença da oliveira, é muito antigo, mas só no séc. XV e XVI é que o seu cultivo se generalizou em todo o país. Vários historiadores atribuem aos romanos a responsabilidade do início do cultivo da oliveira na península ibérica.
Os árabes foram os grandes impulsionadores do cultivo e exploração das oliveiras, e colocavam a oliveira acima de todas as outras espécies.
Há um ditado popular que diz: "A melhor cozinheira é a azeiteira" e os livros de receitas tradicionais portuguesas comprovam-no. O azeite aparece em quase todas. O azeite dá sabor, aroma e cor. Melhora as texturas. Transmite o calor. Versátil como poucos ingredientes culinários, ele integra os alimentos, personaliza e identifica um prato. O bom e velho azeite faz parte dos hábitos das regiões mediterrâneas e está presente em boa parte de nossa história.
Quer numa cozinha tradicional, quer na mais sofisticada, o fundamental é escolher um azeite de qualidade e saber fazer as combinações certas. Ao comprar o azeite, o consumidor deverá fazer a escolha de acordo com a utilização pretendida.
O azeite produto tradicional que confere gosto e aroma únicos à alimentação; é a gordura mais saudável de que se tem notícia. Especialmente benéfico é o facto desta gordura, ao contrário de outras, resistir inalterada às agressões provocadas pelo calor. O azeite é a única gordura que não regista modificações substanciais da sua estrutura quando submetido a uma temperatura de 200ºC. Por isso, ele é particularmente recomendado para fritos.
A dieta mediterrânica é um dos padrões alimentares mais saudáveis do mundo, e o azeite é utilizado regularmente.
A popularidade da dieta mediterrânea, praticada em alguns países europeus, contribuiu para aumentar o prestígio do azeite.
Além das suas qualidades dietéticas, o azeite ocupa um lugar insubstituível no plano gastronómico. Actualmente, faz parte de uma certa "arte de viver" e o seu consumo não se restringe às zonas de origem do cultivo da oliveira. É um dos sinais de uma culinária de qualidade, que atribui a cada alimento o lugar que lhe compete numa alimentação inteligente e equilibrada.
O azeite é um produto muito versátil. É hoje largamente apreciado na Europa e no mundo pelas suas propriedades nutritivas e organolépticas ao nível da saúde.
O Azeite foi actualmente "redescoberto", tendo-se convertido num dos pilares da cozinha moderna e saudável. O seu consumo não se confina às regiões produtoras, e espalha-se hoje por países tão distantes como o Japão ou a Austrália.
Como provar o Azeite
- A temperatura de prova do azeite é cerca de 28ºC. Entre cada prova, e para tirar o gosto do azeite anteriormente provado, deve comer uma fatia de maçã e beber um pouco de agua.
- Utilize um copo de vidro tapado com um vidro de relógio côncavo. Agite o copo de modo a humedecer as suas paredes.
- Retire o vidro de relógio e introduza o nariz no copo para perceber os aromas do azeite.
- Perceba o frutado da azeitona e os aromas a espiga verde, amêndoa, tomate, maçã, erva…
- Prove o azeite, introduzindo um pouco na boca de maneira a molhar toda a cavidade bucal.
- Perceba os atributos de amargo (na parte posterior da língua), de picante (na garganta) e a sensação de “doce” (na parte dianteira da língua e um pouco por toda a cavidade bucal).